sexta-feira, abril 27, 2007

Funchal







quarta-feira, abril 25, 2007

25 de Abril

25 de Abril hoje … sempre !
Tenho evitado escrever sobre este tema, talvez por ser difícil, muito susceptível de más interpretações, de confusões, de polémicas semi-absurdas … e principalmente por recear não me conseguir expressar devidamente …
A escrita é uma arte permanentemente incompleta, bastante imperfeita e por vezes pouco mais que fútil.
Seria mais aconselhável ficar calado, refugiar-me no aconchego de um bom livro, que ando a ler, mas … como sempre fui fã do inesperado e não me assusta correr riscos, aí vou …
O 25 de Abril desperta em mim uma multiplicidade de sensações, porventura contraditórias.
Enche-me de alegria, polvilhada de tristeza, com pitadas de angústia e sementes de saudade.
Alegria porque sou dos muitos milhões de filhos de Abril, já que apesar de ter nascido antes, a minha adolescência foi temperada e formatada, por esses tempos de loucura em que a liberdade saiu à rua e tudo era discutível, alterável e experimental.
Esses tempos foram realmente incríveis, riquíssimos de experiências e vividos com uma “pedalada” tal, que evidentemente seria impossível de manter.
Libertou-se um país de uma existência tacanha, de um isolacionismo egoísta e estúpido, de um caciquismo ancestral, castrador e profundamente estéril e fútil. Acabou-se uma guerra sem nexo, absurda e interminável.
No entanto tão depressa o balão encheu, como começou a esvaziar logo de seguida …
O choque da revolução, atingiu apenas ao de leve as mentalidades … a falta de cultura e baixa instrução não eram revertíveis, de um dia para o outro … as origens marcavam muito forte e as tradições ancestrais, medievais e obscurantistas, não foram eliminadas, por um simples passo de mágica … e continuavam lá, ainda que temporariamente adormecidas …
Como não era consistente e não assentava em bases suficientemente sólidas, a revolução dos cravos começou a enterrar-se lenta e irremediavelmente no pantâno nacional … nove séculos de história não mudam assim tão de repente, só porque um ditador caiu da cadeira e o “Zé” deu um murro na mesa !!!
Pouco a pouco o entusiasmo foi esmorecendo, o fervor foi decaindo e lentamente a vida da Nação foi voltando ao fado, ao futebol e a Fátima ….
O povo deixou de estar unido e facilmente foi vencido ! Vencido até por dentro, antes de o ser por fora . Vencido pelo individualismo, pelo egoísmo, pela inveja, pela cunha, pela corrupçãozita, pelo esquema.
Faltou a educação, faltou a cultura, faltou a associação, faltou o grupo.
Hoje o 25 de Abril, pouco mais é do que um feriado. É fixe porque não vamos trabalhar.
Tão fixe como o 5 de Outubro, o 10 de Junho, o 1º de Novembro . São feriados mas a grande maioria nem sabe do quê.
Para alguns é também altura de nostalgia. Lá voltam, por um dia só as cantigas revolucionárias, as imagens de tanques com flores nos canos, os barbudos que se abraçam de punho no ar, aos murros na atmosfera … pode até um arrepio breve sacudir algumas espinhas, ou uma lágrima passageira balancear ao canto olho … É tudo ! Amanhã é outro dia … a vida irá continuar, bem real e sem utopias …
Para o ano, voltaremos de novo a tirar os discos da gaveta, compraremos de novo o cravo vermelho na florista da esquina … e recordaremos velhos rituais, limpando por um dia as teias de aranha, que enchem os ícones de passado.
25 Sempre !!!

Insatisfação

Uma das principais características do Português é a insatisfação.
O Português está sempre descontente com algo … refila bastante, mas é bastante inconsequente, pois raramente leva o seu protesto até ao fim . Parece até que se satisfaz em protestar, apenas por protestar, como se essa fosse a consequência lógica dos seus actos.
A insatisfação está-nos no sangue. É como que algo de genético, algo que é mais forte do que nós … como que uma necessidade imperiosa .
A tendência é tão forte que quando alguém não se queixa de algo … é porque não é português, concerteza !
Por isso, se passarmos algumas horas, dias de felicidade pura, sem queixas … logo uma luzinha vermelha se acende dentro de nós e uma sirene estridente de alarme, nos chama à razão e nos recorda da necessidade imperiosa de refilar com algo ! Aquele estado não pode ser real … deve ser uma ilusão … se calhar algo ou alguém nos está a enganar ?
Como a perfeição não existe, o simples acto de nos podermos sentir 99% felizes, apenas serve para chamar a atenção para o 1% em falta …. E aí é que está a porra !
Depois a importância que atribuímos a essa 1% em falta, faz crescer esse sentimento até um nível desproporcionado, mas que nos deixa em paz com as nossas origens …
Falta sempre qualquer coisa e isso nos deixa insatisfeitos, ainda que por vezes não sabemos bem com o quê.
Refilamos com o governo ! Claro !
Refilamos com o chefe. Evidentemente !
Refilamos com o clima. Pois !
Estamos insatisfeitos com os filhos, a mulher, o emprego, o clube de futebol …
Detestamos a barriga que cresce, o cabelo que cai, a ruga que aparece …
Não nos falta a comida à mesa, mas não damos valor a isso … que interessa ?
Podemos sair à rua, sem nos cair uma bomba em cima, ou sermos atingidos por algum tiro perverso … que interessa ?
Temos saúde e um médico a quem recorrer, quando nos dói qualquer coisa …. Que interessa ?
O que interessa realmente é que não ganhámos o Euromilhões ! O que interessa é que não temos um carro tão potente como o do vizinho ! O que interessa é que nunca fomos a Nova York! O que interessa é que não temos uma quinta XPTO, como a tia da revista!
Então vamos desatar a ser infelizes à força toda ! Bora ! Vamos já !
E venham daí os Prozacs, os ansiolíticos e os anti-depressivos. É que por vezes abusamos na nossa infelicidade, na nossa insatisfação … e caímos num poço tão fundo, que já nada nos salva …
Que pena ! Esta insatisfação crónica impede-nos de darmos o salto para o FUTURO.
Ficaremos eternamente a carpir o passado, roídos de inveja dos outros.
Faz-me lembrar o Calimero ( um desenho animado da minha infância ): É uma injustiça, é uma grande injustiça !!!

Arte digital 3



Dream de Josephine Wall

domingo, abril 22, 2007

Um pouco de musica






Ana Carolina e Seu Jorge.
Muito bom!

sábado, abril 21, 2007

Salazar

Já há algum tempo que andava aqui para falar da vitória de Salazar, num tal de concurso televisivo de má memória.
Primeiro fiquei triste e desconsolado, mas à medida que fui dissecando a questão fui compreendendo melhor o fenómeno (sem todavia o aceitar, note-se …).
Primeiro que tudo gostaria também de dizer que teria ficado igualmente triste se o vencedor fosse Cunhal (o 2º classificado). Acho Salazar e Cunhal muito parecidos, com mais semelhanças do que diferenças. Enquanto um foi um estalinista de direita, o outro foi um estalinista de esquerda. Ambos foram ditadores, repressores e ambos mostraram pouco respeito pelas liberdades e pela diferença. Um governou, o outro não, mas se tivesse lá chegado as diferenças não seriam assim tantas.
Mas é sobre o Salazarismo que me propus aqui a falar e aí vai o que eu penso.
São várias as razões para a vitória de Salazar. Passo a expô-las :

--- O saudosismo ; muitos dos seus votantes terão sido pessoas de idades mais avançadas, para ao quais Salazar representa a sua juventude … que não volta mais.
A nossa memória é muito selectiva e esses já esqueceram a repressão, a censura, a Pide, as perseguições políticas, a guerra colonial, etc . Pelo contrário lembram-se preferencialmente de que eram jovens, tinham saúde, vitalidade, energia, amavam mulheres bonitas e eram felizes. Agora, em contrapartida estão velhos e doentes, sem energia, reformados com muito pouco dinheiro, abandonados em asilos, ou condenados a jogar ás cartas, nos bancos de jardim.
Para eles Salazar, mais que uma pessoa é um símbolo. O símbolo da juventude perdida.

--- O fascínio pelas personalidades fortes e ditatoriais: sendo o povo Português caracterizado pelos seus brandos costumes, por uma cultura de pouca responsabilização e baixa cidadania, por uma certa falta de rigor e de exigência e pela prevalência da cunha, do esquema e do arranjinho, sempre existiu e existirá um certo fascínio e admiração pelas personalidades fortes, que consigam “pôr a casa em ordem”. Ou seja primeiro a bagunça, depois a limpeza radical.
A História de Portugal é um exemplo disto, já que tem sido uma sucessão de períodos de balbúrdia e confusão, a que se sucede uma personalidade forte e repressora, tipo Marquês de Pombal, para “arrumar a casa” e voltar a pôr as coisas a funcionar (ou que pelo menos dê essa ideia). Portugal oscila ciclicamente entre o “8 e o 80”, sem estacionar um pouco no meio, sem um equilíbrio e uma estabilidade.

--- A inexistência de um “julgamento” do Salazarismo; tivemos a revolução, o 25 de Abril e saltámos de euforia com os “ventos da liberdade”. Depois cada um puxou para o seu lado e voltou a confusão. A seguir veio a Democracia, que serviu principalmente aos “Chico espertos”, aos oportunistas e aos esquemas partidários. A seguir veio a Europa, que estabilizou um pouco e nivelou a vida do país.
Mas nunca se fez o julgamento do Salazarismo. Porque é que era mau o regime de Salazar ? Quais os crime que foram cometidos e quem os cometeu ? A quem serviu a Guerra Colonial e o que é que o Exercito Português fez em África ? Porquê a doutrina do “orgulhosamente sós” ?
Como estas questões não foram respondidas, como nenhum culpado foi condenado, apenas alguns tiveram um exílio dourado no Brasil, o tempo encarregou-se de passar uma esponja sobre o que foi o Fascismo Português, que agora pode ser assim milagrosamente branqueado.

--- Um claro voto no Contra, na oposição de tudo, até da própria oposição; para alguns mais novos, que nem sequer ouviram falar de Salazar na escola ( apenas um curto parágrafo, da penúltima página do manual de História, que a Sôtora não teve tempo de dar …), Salazar representará porventura uma forma de ruptura com todo este sistema, uma negação da Democracia “escarafunchada” e por vezes mal cheirosa em que vivemos.

É esta a minha análise. Se quiserem digam o que pensam sobre ela.
Por aqui a vida continua e o país prossegue o seu “fado”.
Salazar não recuscitará certamente, mas isso não quer dizer que não apareça para aí um herdeiro, pronto a recomeçar um novo ciclo ….

sexta-feira, abril 20, 2007

Arte digital 2


Corrente de Vladimir Kush

quinta-feira, abril 19, 2007

Destila do medronho


A destila do medronho é uma actividade ancestral.

O local é a Serra de Monchique, no Sítio das Taipas, onde fomos visitar a destilaria do Sr. Zé da Silva.

Esta é uma actividade em vias de extinção, que dentro de alguns anos irá provávelmente desaparecer (na sua forma artesanal).

Esta imagem mostra o aquecimento da fornalha.




O precioso fruto é colocado é colocado dentro da caldeira.


O Sr. Zé coloca a tampa de cobre da caldeira.

É preciso que o néctar tenha a graduação certa.

E pronto aí vem ele para dentro do cântaro. Está pronto !






Para terminar queria deixar aqui um agradecimento ao Sr. Zé, que abriu as suas portas e nos recebeu com tanta simpatia.

quarta-feira, abril 18, 2007

Rádio

Muitos de nós já temos banda larga no acesso à Internet.
Por isso aconselho vivamente o site www.pandora.com . Aqui podemos criar a nossa rádio, onde passa a música da nossa preferência, enquanto trabalhamos ou fazemos qualquer outra coisa.
O processo é muito simples e não exige o download de qualquer software. Basta fazermos login da primeira vez e em seguida indicarmos o nome de dois ou três músicos ou grupos da nossa preferência. O site encarrega-se de passar não só esses grupos, como também outros dentro do mesmo estilo de forma aleatória e podemos ir corrigindo ou não as suas escolhas.
Podemos ainda criar várias rádios de estilos diferentes e alternar entre elas.
Há ainda outras possibilidades, mas deixo-as para vocês explorarem.
Experimentem ! Vale a pena !

segunda-feira, abril 16, 2007

Símbolos


Assim se fazia publicidade há uns belos anos atrás!

Lembram-se ?

Era interessante fazer-se uma recolha de imagens destes símbolos do passado , que ainda "sobrevivem"
por esse país fora.

Se conhecem alguns digam-me.

Gostaria de os fotografar.






quinta-feira, abril 12, 2007

Reflexão

Comecei o projecto Fragmentos há cerca de ano e meio e penso que está chegada a altura de fazer uma reflexão sobre o mesmo.
Na realidade sinto-me bastante desapontado com os resultados obtidos.
Queria que os Fragmentos fosse um espaço de comunicação e convívio na Internet, entre mim e todos os seus leitores. Um espaço de liberdade, de troca de ideias e de opiniões, com respeito pela diversidade e pela mudança. Um espaço com lugar para o humor, a criatividade e a imaginação. Queria estreitar laços, establecer contactos, partilhar experiências. Queria construir algo em comum, criar proximidades agora que a Net veio teóricamente encurtar distâncias entre as pessoas e os povos.
Sinto que falhei ! Nada disto foi alcançado.
Talvez os meus textos sejam de má qualidade. Talvez as minhas histórias não tenham interesse nenhum. Talvez as minhas fotos sejam uma merda. Talvez ...
Dia após dia, abria o blog à procura de comentários, de algo que revelasse o interesse dos meus leitores, mas os resultados eram nulos ou muito escassos.
Durante muito tempo distribuí cartões como forma de divulgação dos Fragmentos a todos os amigos, conhecidos e afins, mas tirando duas ou três excepções, o interesse não surgiu ...
Custa-me principalmente saber que os meus dois filhos, não se interessam, nem leem o que pai escreve, apesar de serem frequentadores assíduos da Internet e a que minha companheira, avessa como é das novas tecnologias, também não.
Depois tentei dar a volta por cima e dizer a mim próprio, que escrevia apenas para mim próprio e publicava fotos apenas para meu próprio prazer ... mas nem isso parece estar a funcionar, já que não sou suficientemente egocentrista, para me contentar com tão pouco.
Por diversas vezes estive já à beira de desistir, mas depois lá encontrava algum ânimo para continuar. Não sei por quanto mais tempo.
Não escrevo isto para que tenham pena de mim (isto se alguém ler o que aqui está !). Escrevo-o mais como um desabafo, em jeito de balanço.
Não sei onde falhei ... olho à minha volta e sinto as pessoas cada vez mais fechadas na sua concha, vejo cada vez mais seres solitários e tristes ... o individualismo, juntou-se à inveja e ao rancor e juntos conduzem os seres á depressão ... onde cada um sofre sózinho, sem uma mão ou uma palavra amiga, que às vezes pode fazer tanto . Falta a comunicação, com receio pelo desprezo ou o desinteresse dos outros.
Como pode um país tão bonito (Portugal) ser povoado por uns seres tão tristes e deprimidos ?
A minha reflexão acaba aqui... Fico com mais perguntas, do que respostas ...
Não sei se os Fragmentos vão continuar .
Vou pensar . Depois digo qualquer coisa.

terça-feira, abril 10, 2007

Escutem isto






Para relaxar um pouco !

Arte Digital 1

Começo hoje uma nova secção dos Fragmentos: a Arte Digital.

As imagens que vou aqui apresentar são de autores vários e procurarei sempre indicar os respectivos nomes, bem como os títulos dos desenhos ou trabalhos que escolher.

O critério de escolha obedece apenas ao meu gosto e é também uma homenagem a muitas obras fantásticas que podemos encontrar neste mostruário da criatividade humana, que é a Internet.

Espero que gostem!

Por último um agradecimento especial ao meu amigo Chico M. que foi quem me facultou estas peças maravilhosas, que aqui vos mostro.


de Jacek Yerka :
AmokHarvest

domingo, abril 08, 2007

Engenheiro e muito mais!

Nas últimas semanas o estimado primeiro ministro deste país tem sido alvo de uma campanha de calúnias, por parte da imprensa e outros sectores da mal intencionada oposição, que tem contestado a licenciatura deste brilhante engenheiro, obtida na prestigiada Universidade Independente.
Chocado com a dimensão dos ataques a este Grande Português ( provável vencedor do futuro concurso do Maior Português 2, a realizar em 2069 ) a equipa redactorial de Fragmentos iniciou um apurado trabalho de investigação jornalística e já pode assim confirmar a aprovação no exame da 4ª classe de José Sócrates !!!
Infelizmente o seu curriculo liceal está desaparecido, desde os Grandes incêndios do Verão de 2004, que assolaram o liceu de Castelo Branco e os resultados do seu exame de 12º ano foram irremediávelmente perdidos, na sequência do tsunami de 2005, que assolou toda a região ribeirinha desta cidade da Beira Baixa.
Descobrimos ainda alguns vestígios da sua passagem pela Universidade Moderna de Freixo de Espada á Cinta, onde se terá formado em Física Quantica, com a brilhante classificação de 20,5 valores.
Por fim temos na nossa posse uma cópia do seu MBA em Cozinha Macrobiótica, pela Universidade Bovina de Barrancos e um doutoramento em Rendas de Bilros, pela Escola Superior das Berlengas.
Brilhante curriculum, como podem constatar !
Abençoado país que tem um homem do leme com estas qualidades !!!

sexta-feira, abril 06, 2007

Minas de São Domingos
















quinta-feira, abril 05, 2007

Nacionalismo e Xenofobia



Há uma semana atrás os nazis de um partidozeco qualquer, colocaram cartazes a insultar os imigrantes, com bocas racistas e nojentas.

Ontem os humoristas do Gato Fedorento, colocaram no mesmo local um outro cartaz, com a mensagem contrária, como se pode ver na imagem.

Imediatamente a Câmara de Lisboa, indignada com o ultraje, mandou retirar o cartaz !!!!

São estes os políticos em que o povo votou !!!!

Alentejo


quarta-feira, abril 04, 2007

Petição Anti -tabaco

Tenho evitado falar aqui de novo no tema do tabaco.
Muitos dos meus amigos são ainda fumadores, infelizmente .... e não gostam que se fale do tema, talvez porque lá no fundo sintam que eu tenho razão ... apesar do vício ser mais forte, que tudo o resto, mais forte até que aquela tosse crónica e aquela falta de ar, que aparece cada vez que fazem um esforçozito.
O tabaco é a PESTE do século XXI ! Mata que se farta ( 12 a 14 mil mortes, por ano só em Portugal !!!! mais do que a guerra colonial ...).
É também uma questão de liberdade ! ... Não, não me refiro à liberdade que os fumadores devem ter de se envenenarem à vontade. Refiro-me à liberdade que os não fumadores devem ter de respirar ar puro, ar que não esteja contaminado pelo egoísmo dos outros !
Finalmente alguém com tomates passou das palavras aos actos : Criou uma petição on line em http://www.petitiononline.com/NOTABACO/petition.html e entregou uma queixa na Procuradoria Geral da Républica contra o Estado Português, que não só se aproveita hipócritamente da situação, facturando centenas de milhões de euros em impostos e criando leis hipócritas, que não resolvem o problema na sua totalidade e adiam a sua aplicação para as calendas .
Não concordo com a permissão de fumar em restaurante com mais de 100 m de área; não concordo com a permissão de fumar na Assembleia da Républica; não concordo com a permissão de fumar em locais de trabalho, que não sejam públicos; não concordo com a aplicação da lei só para daqui a muitos meses; acho que deviam a ser os proprietários dos restaurantes, bares e discotecas, que seriam responsáveis pela aplicação da lei e devidamente multados se não o fizerem !!!
Fundamentalista, eu ? ... Não !!! Fundamentalistas são aqueles que me mandam com a merda do fumo para cima e me impedem de respirar.
Fundamentalistas são aqueles que empestam o ambiente dos cafés, dos bares e das discotecas, impedindo assim os não fumadores de lá estarem.
Os fumadores que fumem nas suas casas e em locais ao ar livre, onde não incomodem os outros.
Se concorda comigo assine a petição. Já basta de nos armarmos em vítimas e é hora de passarmos à acção e exigirmos os nossos direitos.