domingo, setembro 30, 2007

Birmânia

De repente o mundo acordou estremunhado e reparou que havia um país, a Birmânia, algures numa zona inóspita do 4º mundo, onde há mais de 30 anos uma feroz ditadura de militares da treta, subjugava e oprimia todo um povo, perante a indiferença e o encolher de ombros da comunidade internacional.
A Birmânia não tem petróleo, não é vizinha dos Estados Unidos, não tem fundamentalistas islâmicos, nem terroristas da Al Queda ... portanto não interessa !
Como foi então possível aqueles miseráveis soldadinhos de lata sobreviver no poder tanto tempo, com tanta chacina, tanta pobreza de todo um povo, obrigado a aceitar, sem reclamar ?
É simples. Com os elevados lucros do tráfico de ópio, orientado por esses militares e com o apoio decisivo do GRANDE IRMÂO, a China !!!
Lá voltamos mais uma vez ao mesmo ... aos pseudo comunistas chineses, apoiantes supremos da maior canalhada, que sobrevive por esse mundo fora.
Pois é, sem o apoio e a orientação dos líderes chineses, teria sido de todo impossível estes generais decrépitos manterem o poder todos estes anos.
Por isso também o mundo não quis ver e olhava para o lado, quando alguém falava da Birmânia. Porque a China representa o maior mercado mundial e todos queriam vender-lhe qualquer coisa, mesmo que isso implicasse esquecer o massacre de Tianamen, a invasão e ocupação do Tibete, a vergonha da Birmânia ou a também vergonhosa exploração de milhões de operários escravizados, no interior da própria China.
É assim e vai continuar a ser ... nada mudou, a China continua a ser o maior mercado do planeta, a futura grande potência do mundo (cada vez mais perto, depois de Bush ter enterrado a América ).
Quanto à Birmânia, continuo pessimista ! os Chineses hão de arranjar maneira de contornar a situação, mantendo tudo na mesma ... e o mundo, passado este entusiasmo mediático há-de olhar para outros lados, deixando os soldadinhos de merda birmaneses continuar a massacrar o seu povo, de forma mais discreta e resguardada dos olhares do mundo.
Para terminar gostaria só de dizer que não subscrevi nenhum abaixo assinado, dos vários que me enviaram por email. Não acredito em abaixo assinados, acho que não servem para nada, muito menos para remover ditaduras sanguinárias . Acho que são apenas muitas vezes um simples descargo de consciência, de quem está longe e se sente impotente e sem mais nada que possa fazer (não condeno todavia, quem os faz).

11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Desculpa João, mas vou ser incisivo. Escrever, tal como tu fazes (veiculando uma visão "cliché" de esquerda freack e mal informada, de um mundo a preto e branco, onde há "maus" e "bons", sem qualquer nouance de cinzento, sequer - num mundo que é a cores e bem mais complexop do que pareces pensar) serve para tanto como os "abaixo assinados" que dizes não subscrever por não servirem para nada. Ninguém pretende acabar com as ditaduras sanguinárias dessa forma, julgo eu, assim como tu também o não pretendes escrevendo num blogue. Tempos houve em quie visitava este blogue numa base quase diária, mas aos poucos, à mnedida que me fui apercebendo do fel que aqui destilas, acerca de assuntos que não dominas (e que torna a coisa cada vez menos credível), sem acrescentar nada a nenhum dos debates em que tentas interferir, fui perdendo esse hábito.
A vida não é tão má assim, apesar de tudo o que de mau há no mundo.
As generalizações, inflamadas são perigosas, pois os chineses que abrem lojas no Martim Moniz não são os mesmos que govfernam o imenso País de origem de onde são provenientes, assim como tu também não és nem o Sócrates, nem a Ministra da Educação, lá por seres professor. Descartarmo-nos das responsabilidades, escrevendo, não é para mim nem uma atitude corajosa, nem sequer inteligente. Falar das coisas sem bases para o fazer, partindo de opiniões pré formatadas à BE, também não. O Tibete foi ocupado há mais de 50 anos (não 30 como afirmas) e os trangénicos são assunto bem mais complexo do que essa gente toda que anda para aí a diabolizá-los afirma (será que sabes que uma das razões para se recorrer ao seu uso - do milho e de uma única e´pécie que é usada no nosso País) serve para reduzir o uso de pesticidas, esses sim comprovadamente venenosos? Ou será que julgas que podemos viver todos de "agricultura biológica"? A julgar pela tua experiência de horta que lá vi em Monchique, se assim fosse, acabavas a comer apenas uma salada por mÊs... e no resto do tempo juntavas-te à greve de fome dos monges birmaneses...
Desculpa lá a dureza das minhas palavras, mas a justiça os transgénicos, o tibete, a Birmânia, a(s) Cinha(s), a ASAE (já me esquecia desta: que preferes viver num País cheio de tascas sebentas, a num em que existem regras para proteger os consumidores e em que existem instituiçõers para fiscalizar a sua aplicação) não se discutem à mesa do café, assim, a não ser que estejamos apenas a lançar bitaites, sem valor nenhum. De arrotar postas de pescada todos somos capazes, mas de dar contributos sérios e informados, capazes de contribuir para aprofundar as discussões (sejam elas acerca do que for) não é a mesma coisa.
Muitas vezes, simples descargos de consciência, como estes, mais do que ajudar, servem é para soprar fogueiras já de si bem vivas, e que não precisam da nossa ajuda para arder.
Contributos positivos, sérios e informadamente bem fundamentados precisam-se!

3/10/07 10:06  
Blogger Unknown said...

Olá Rodrigo
Já há muito tempo que não te vejo e tenho pena. Talvez não tenhas tempo, ou talvez possas achar que certos amigos já não valham a pena...
Também já há algum tempo que não fazias comentários no meu blog. É sempre bom ouvir as tuas opiniões.
Eu sei que há dias assim, em que acordamos mais rabugentos e zangados com a vida ... mas depois isso passa e melhores dias vêm !
As minhas opiniões são assim ... são minhas, genuínas e não foram copiadas de lado nenhum !
Há quem goste, há quem odeie, há quem se sinta pura e simplesmente indiferente.
De qualquer forma todos nós temos a liberdade de não as ver, a liberdade de riscarmos determinado site da nossa lista de favoritos, a liberdade de nos borrifarmos para qualquer pessoa.
A vida é feita de escolhas, não é ?
Como vês não mudei muito, desde que nos conhecemos há longos anos atrás. Continuo com muitas das minhas antigas ideias, muitos dos antigos sonhos e apenas quero ser feliz, respeitando todos os outros, ao mesmo tempo que espero que eles também me respeitem a mim.
Desejo-te muita sorte e muitas felicidades no teu novo trabalho.
Espero que nos possamos voltar a ver um dia. Um abraço.

3/10/07 19:40  
Anonymous Anónimo said...

Olá a todos.
Subscrevo em 70% as palavras do Rodrigo.
Apesar da sua intempestiva e excessiva sinceridade confesso que gostei de alguns aspectos do seu desabafo.
Gosto de vir a este blog, mas na grande maioria das vezes, também me desconsola bastante o tom do discurso. O “fel que destilas”, como diz o Rodrigo, está cada vez mais presente em quase todas as intervenções que fazes João. Tens consciência disso?
Até acho os assuntos oportunos e interessantes, e ao contrário do Rodrigo, não me incomoda a incorrecção de algumas afirmações ou a ingenuidade de outras, pois todos nós somos sempre ignorantes de alguma coisa.
Mas será que também consegues escrever de forma mais positiva, ou será que esse teu estilo revela já alguma da amargura que costuma aparecer nalgumas pessoas com a entrada da meia-idade?
Aliás, lembro-te que foste tu próprio há um tempo atrás o 1º a queixares-te do teu pessimismo, o qual querias mudar, lembras-te?
Bom, bjinhos e espero sobretudo, que depois disto, não desistas.
Paula

8/10/07 16:03  
Anonymous Anónimo said...

A mim só me parece que nenhum contributo «positivo, sério e informadamente bem fundamentado» pode vir de quem usa clichês depreciativos do tipo "esquerda freak mal informada" ou "opiniões pré formatadas tipo BE". É que estes são os clichês geralmente usados por quem acha que uns parvos destruirem um campo de milho é terrorismo do BE mas que não abre a boca quando uma certa gentinha bem instalada manda deitar abaixo 2500 sobreiros no Montijo (que por acaso até é uma espécie protegida em Portugal). Eu sinto-me cada vez mais conservador e admiro tanto o Adriano Moreira como o Francisco Louçã, ou a Helena Roseta e o Ribeiro Telles como o Jerónimo de Sousa. Admiro quem pensa sobre os factos, analisa e diz coisas inteligentes - o que não é um exclusivo da esquerda nem da direita. Acho, sobretudo, que as causas dos explorados, e a denúncia do capitalismo total são causas que valem a pena! Mas são, geralmente, os políticos mais trauliteiros e ignorantes que acham que o Louçã é um moralista; que a esquerda é uma élite e mais baboseiras do género que vomitam para denegrir o BE. E isto compreende-se num país cujo atraso se deve à merda das élites que sempre tivémos, à sua ignorância, ao seu provincianismo, tacanhez de espírito e... (não digo mais para não dizerem que é o fel...). Aqui na tugalândia, como sabem, os privilégios das élites (que até decretam as suas próprias reformas milionárias), o nepotismo, o roubo dos bens públicos e a corrupção, são assuntos politicamente incorrectos, daí que quando aparece uma voz informada a denunciar a vergonha dos offshores, a hipocrisia da guerra à droga, da fuga ao fisco por parte das elites, da escandalosa desigualdade na distribuição da riqueza de que Portugal enferma, ou da necessidade de legislar contra a corrupção... Aí, aqui del-rei que são comunistas, que são papões, que são utopias irrealistas, irresponsáveis e nha nha nha... Até há quem se exile em Londres por causa disso (Cravinho)... E vivemos, efectivamente, indiferentes, por exemplo, à privatização da guerra no Iraque, onde há mais mercenários americanos pagos por agências de segurança privadas do que soldados americanos pagos pelo governo... E ainda achamos graça quando uma besta que, por acaso é reitor da univ de Columbia, decide convidar um chefe de estado eleito (sim, é verdade!) para a sua casa para depois o insultar perante uma plateia. Imagino porque é que não lhe ocorreu convidar o assassino criminoso de guerra Kissinger, ou outro dos grandes democratas e defensores da liberdade que os americanos suportam - a junta militar birmanesa, por exemplo... O nuclear do Irão preocupa-vos ó portuguesinhos? A mim preocupa-me mais as bestas dos nossos empresários que já estão a fazer campanha para o nuclear em Portugal (enquanto a Alemanha elabora um plano para se ver livre das suas centrais), que é uma energia muito limpinha e faz bem ao défice. O lucro é garantido - que belo investimento! Preocupa-vos o nuclear no Irão? e em Israel, no Paquistão e na Índia, não preocupa? Eu digo-vos porque é que se preocupam: é que o Irão vai acabar com a mama dos petrodólares. Estamos em processo de transição para o euro como moeda para transaccionar na bolsa dos combustíveis fósseis. E o Chavez fez o mesmo. E se querem que vos diga, fizeram muito bem!
A conversa já vai longa e só tenho pena é de não estarmos juntos e ao vivo... Enfim... divirtam-se...
Por mim, acho que cair em cima do fel do João (e as fotos lindas que ele nos mostra, também têm fel?) como se fosse ele o inimigo é errar o alvo. Somos todos diferentes e temos opiniões diferentes, e aí é que está a graça, mas não vale a pena, se calhar, ser tão incisivo, ou vale?
Que tal reunirmos um dia destes para discutirmos ao vivo o regresso das ideologias? com umas cervejas e uns cigarrinhos para rir, hein?
Abraços ó malta!
Marley

8/10/07 18:03  
Blogger Unknown said...

Olá Paula
Agrada-me bastante que exponhas as tuas ideias aqui neste blog. Nem sempre estamos de acordo, mas acredita que acho bom que seja assim, pois um mundo com gente toda pré-formatada e com iguais opiniões seria horrível e totalmente desinteressante. Somos todos diferentes e isso é uma grande riqueza.
Que tenhamos a oportunidade de exprmir livremente essas diferenças é muito importante e acredita que acho que é a última das "conquistas de Abril" que ainda não morreu ... apesar de por vezes algo achincalhada e das tentativas para a censurar.
Não acho contudo que eu seja actualmente um gajo sorumbático, cinzento, terrivelmente pessimista ou amargurado com o peso da realidade e quem comigo trata no dia a dia, poderá certamente confirmar isso.
Sou um fulano normalmente bem disposto, brincalhão, sempre pronto a encontrar e conviver com os amigos, sempre disponto a viagens e conhecer o mundo.
Sinto-me um priveligiado porque vivo num país sem guerras, sem fome generalizada (apesar de haver !!!) e com algum bem estar(não vamos discutir isso agora, deixem-me continuar). Sou feliz porque tenho saúde, tenho uma companheira e filhos, de que gosto muito, tenho muitos amigos e tenho um trabalho estável (apesar de ameaçado).
Tudo isto não me impede todavia de ter as minhas opiniões e falar sobre elas.
Respeito as maiorias e as suas escolhas, mesmo quando acho que elas estão a ser enganadas por pulhas sem escrúpulos, vacas asquerosas ou simples vendedores de banha da cobra.
Não prescindo no entanto de dar as minhas opiniões e de falar livremente, para quem quiser ouvir.
Se é com fel ? Talvez, por vezes ... e outras com mel ... umas com algum humor ... outras sem piada nenhuma .
Umas tristes ... outras mais esperançado .
Será que não houve nada de positivo no Portugal dos últimos anos ? Houve, sim senhor, houve a liberalização do aborto, que acabou com uma chaga social, houve um Verão fresco, com poucos incêndios ... e mais outras coisas, que agora não me lembro.
O pior é que também houve coisas muito negativas ... e não foram poucas.
Tenho falado sobre umas e outras e também tenho mostrado fotos minhas, músicas de que gosto e apresentações gráficas que tenho feito.
Básicamente tenho tentado comunicar através deste meio poderoso que é a Internet, sem receio de me expor, mais do que seria desejável ...
Eu sou assim, desbocado e comunicativo ... e penso continuar.
Qualquer pessoa que viaje pela Net é livre de visitar este blog !
Pode rir-se com as minhas bocas ... pode irritar-se e mandar-me para o c.... ou pode até comentar e dar a sua opinião .
Não é fixe isso ?
Espero continuar areceber as tuas visitas Paula e os teus comentários também.
Uma última coisa: achei um piadão à forma diplomática, que arranjaste para me chamares velho !
Não me chateio com isso !
Acho que cada um de nós tem na realidade a idade que sente efectivamente ter !!! e acredita que conheço jovens de 20 anos, que por vezes parecem ser mais velhos do que eu.
Um beijo.

8/10/07 19:56  
Blogger Unknown said...

Olá Chico
Quero desde já marcar lugar para a tua proposta tertúlia (se é que a posso chamar assim),com cerveja, opiniões e ideias.
Já reparaste como o debate de ideias é cada vez mais escasso, nos tempos que correm ?
Encontramo-nos por vezes e falamos muito de futilidades (também é necessário falar delas, mas não tanto!), de saúde, dos filhos, do peso ....etc ...
Mas a discussão de ideias, tema que nos apaixonava na adolescência, tem sido tantas vezes adiado, protelado e abandonado ... não achas ?
É como se não quisessemos falar de coisas tristes, ou receássemos quebrar equilíbrios emocionais precários e pouco consistentes.
É pena !
Cá fico à espera do dia da dita "tertúlia", não esqueçam de me avisar.
Um abraço.

8/10/07 20:11  
Anonymous Anónimo said...

Concordo plenamente com esta última tirada do João... E não, João, não desisti dos amigos, ou cheguei à conclusão de que os há que deixaram de valer a pena... Apenas já estou a entrar numa idade em que cada vez menos sinto disponibilidade para fazer fretes e a generalização das futilidades a que te referes faz-me sentir, com frequência, fora de um filme para o qual não tenho grande coisa a acrescentar.
Enfim, cada um é como cada qual. Desculpa se te ofendi... ou fui demasiado acutilante. É assim que eu sou.
Pelo menos pus as pessoas a falar umas com as outras e a discordar, coisa que há já uns tempos não via.
É que ultimamente é a crise para aqui, os putos para acoli, a falta de dinheiro, o último gadget adquirido, os azedumes das vidas de cada um, vistos como e fossem únicos... Pessoas com visões do mundo muito diferentes da minha e, no final, serei sempre eu o gajo que é visto como um desistente, apenas por nem sempre ter paciência para aturar gente que pouco me diz. Fazer o quê?
As pessoas de quem gosto e que gostam de mim sabem-no... sabem também que a amizade não é uma obrigação, mas sim um prazer que se desfruta e que a vida é mesmo assim... Amigos, amigos, mas cada um na sua senda pessoal... E depois, têm acontecido coisas que levaram à supressão de gajos porreiros, trocados por outros com quem nem de conversar sou capaz que me levam a sentir vontade de me fechar na minha concha.
Quanto aos clichés, Chicão, desculpa lá... às vezes digo o que penso sem grande cuidado para não ofender os outros.
Ninguém é obrigado a gostar de mim.
Quanto ao teu blogue, João, não creio que te tenha desrespeitado por ter dito o que disse. Se o fiz foi sem intenção, pois apesar de nem sempre estar de acordo, respeito o trabalho que aqui fazes, a partilha, a amizade...
Tal como dizes, também espero voltar a ver-te um dia
Cumprimentos à família

10/10/07 11:34  
Blogger Unknown said...

Rodrigo
Estou com os amigos porque me dão prazer ! Não faço fretes !
Por vezes falamos de futilidades, outras vezes das vidas que temos, dos filhos que criámos, dos anseios, das angústias, da saúde, dos empregos ...
E depois, que mal tem isso ?
Não temos nenhum menu intelectual, que tenhamos obrigatóriamente de consumir, não digerimos metafísica em vez de pudim de chocolate ...
Por vezes há encontros e momentos melhores, outros são mais fracos, ou algo cinzentos .
Não podemos despir-nos dos nossos problemas e eles estão sempre presentes, juntamente com algumas energias positivas e uma réstia daquela locura saudável, que não morreu, apesar do passar dos anos lhe poder dar um ar mais desbotado ! É normal.
Com alguns falo de filhos, com outros falo de política, com outros ainda falo dos travões avariados do automóvel, com outros falo de temas mais elevados e plenos de imaginação e criativade.
Gosto de falar com todos! Uns por umas razões, outras por outras.
E quando a conversa já me aborrece, discretamente mudo de poiso, vou até outro grupo e retomo outro tema.
Claro que falo de mim, se tu não sentes o mesmo e achas tudo uma enorme seca ... só tens que te afastar !
Talvez encontres gente mais interessante (será ?), ou talvez fiques sózinho com a tua prosopopeia, sentindo a frustracção a crescer, mas não querendo dar o braço a torcer.
Não me leves a mal se te disser que acho que para podermos gostar dos outros, temos primeiro que gostar de nós próprios !!! ...
Podes até aparecer e seres tu a despoletar as conversas interessantes, as trocas de ideias, os debates de ideologias. Porque não ?
Para terminar quero-te dizer que não fiquei zangado contigo por teres dito, que os meus escritos destilavam fel, eram fúteis e me limitava neste blog a cagar postas de pescada. Só tive pena que não me o tivesses dito cara a cara, num desses nossos encontros, em vez de teres preferido a distância e a impessoalidade da Internet.
Teria tido muito gosto de ter debatido contigo esse tema e talvez me pudesses ter ensinado qualquer coisa que diminuisse a minha futilidade e adoçasse o meu fel.
Felicidades para ti e até à próxima.

11/10/07 00:00  
Anonymous Anónimo said...

Eu sou assim, João... Digo as coisas da boca para fora, (ou saem-me da ponta dos dedos) instantaneamente, sem pensar muito nas consequências.
Às vezes, sou mal entendido... É certo!
Talvez até tenhas razão e eu acabe por ficar sózinho com a minha "prosopopeia"(já agora... viste no dicionário se esta palavra esxiste?), sentindo a minha frustracção crescer (desde que a verga não deixe de crescer, o resto pode crescer tudo à vontade). A merda toda é que um dia tudo deixará de crescer, tudo o que somos e fizémos voltará ao pó e a inutilidade de "arrufos" como este, da atenção que damos aos detalhes, da importância que certas palavras adquirem, de certas batalhas em que nos envolvemos, nunca será tão grande e relativa, como nessa altura.
Não leves as minhas palavras demasiado a sério, João... A verdade é que me estava a meter contigo e tu não foste capaz de te rir comigo... irritaste-te. (tu e mais gente).
Não vale a pena, homem.

11/10/07 10:32  
Anonymous Anónimo said...

: )

paula

11/10/07 17:53  
Blogger Unknown said...

É verdade Rodrigo, não achei piada nenhuma !!!
Levei muito a sério o que tu disseste.
Penso que não sou eu o inimigo a deitar abaixo.
Afinal de contas falava apenas da tremenda repressão na Birmânia, que continua ... que sufocou de forma brutal o protesto de um povo, perante a quase indiferença do mundo.

11/10/07 19:47  

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