A OPA rural
Na tranquilidade do interior de Portugal um crime tremendo está prestes a ser cometido. O Ministério da Educação, comandado por aquela mulher abjecta, prepara-se para fechar 1600 escolas, do Norte ao Sul de Portugal .
È o golpe de misericórdia no Portugal rural, que irá destruir o que ainda sobra, o que ainda resiste nesta parte imensa de Portugal . Depois da emigração massiça dos anos 60, depois do desastre da Agricultura e da maldita Política Agrícola Comum, que levou ao abandono das terras (e á compra de apartamentos em Armação de Pêra), depois dos incêndios e da praga dos eucaliptos, depois da fuga dos jovens para as Amadoras, Loures ou Barreiro, deste país, só faltava o fecho das escolas primárias, para obrigar a sair os últimos jovens e os seus filhos e liquidar assim de forma irremediável qualquer possibilidade de renovação e relançamento de todo o interior de Portugal.
É monstruoso ! É chocante ! É revoltante !
Ali também é Portugal ! Ali vivem portugueses, que não devem ser abandonados, nem tratados como desprezíveis e gastadores, por esta cambada de maricons, que se refastelam nos seus gabinetes com ar condicionado e motoristas à porta, cavalgando carros de luxo, de alta cilindrada.
Ainda por cima, quando os centros de saúde vão encerrando um atrás dos outros, deslocalizados para o litoral, como se diz agora, como deslocalizadas serão as crianças dessas localidades, obrigadas a percorrer dezenas de kilometros em transportes duvidosos, para poderem exercer o seu direito á educação!
Sim, temos liberdade de expressão, uma grande conquista de Abril ! … de que lhes serve ? Bem podem berrar a plenos pulmões, por essas serras e planícies fora, que lá na cidade ninguém os ouve ….
E nós os da cidade, a reserva moral e intelectual da nação o que fazemos ? … Nada, estamos muito ocupados com o sexo dos anjos, os cartoons e outros temas do género … Afinal o interior, o campo, é apenas aquele local típico, onde vamos passar uns dias de férias de Verão, antes de voltarmos para a Babilónia do quotidiano … ou então aquele amontoado de montes e chaparros, que separam Lisboa de Madrid e da Europa … porque nos havemos de preocupar ? Sai mais barato, deixar aquilo morrer e na época de férias, contratar uns figurantes, para irem até lá para servirem os turistas … E no Verão quando estiver tudo a arder, mandamos para lá uns aviões e uns bombeiros, que até servem de atracção para encher uns telejornais …
Aos que ficaram, aos últimos resistentes resta apenas uma esperança : que a Espanha lance uma OPA rural, sobre todo o interior de Portugal e tome conta daquilo que o país politicamente correcto desprezou . Matávamos dois coelhos de uma cajadada, por um lado salvávamos o maldito do Défice e ainda ficávamos com muitos milhões para esbanjar e por outro lado dávamos aos povos do interior a possibilidade de ficarem com alguém, que cuidasse deles e os tratasse com respeito e dedicação, possibilitando-lhes os cuidados básicos e as infra-estruturas necessárias à sua sobrevivência.
È o golpe de misericórdia no Portugal rural, que irá destruir o que ainda sobra, o que ainda resiste nesta parte imensa de Portugal . Depois da emigração massiça dos anos 60, depois do desastre da Agricultura e da maldita Política Agrícola Comum, que levou ao abandono das terras (e á compra de apartamentos em Armação de Pêra), depois dos incêndios e da praga dos eucaliptos, depois da fuga dos jovens para as Amadoras, Loures ou Barreiro, deste país, só faltava o fecho das escolas primárias, para obrigar a sair os últimos jovens e os seus filhos e liquidar assim de forma irremediável qualquer possibilidade de renovação e relançamento de todo o interior de Portugal.
É monstruoso ! É chocante ! É revoltante !
Ali também é Portugal ! Ali vivem portugueses, que não devem ser abandonados, nem tratados como desprezíveis e gastadores, por esta cambada de maricons, que se refastelam nos seus gabinetes com ar condicionado e motoristas à porta, cavalgando carros de luxo, de alta cilindrada.
Ainda por cima, quando os centros de saúde vão encerrando um atrás dos outros, deslocalizados para o litoral, como se diz agora, como deslocalizadas serão as crianças dessas localidades, obrigadas a percorrer dezenas de kilometros em transportes duvidosos, para poderem exercer o seu direito á educação!
Sim, temos liberdade de expressão, uma grande conquista de Abril ! … de que lhes serve ? Bem podem berrar a plenos pulmões, por essas serras e planícies fora, que lá na cidade ninguém os ouve ….
E nós os da cidade, a reserva moral e intelectual da nação o que fazemos ? … Nada, estamos muito ocupados com o sexo dos anjos, os cartoons e outros temas do género … Afinal o interior, o campo, é apenas aquele local típico, onde vamos passar uns dias de férias de Verão, antes de voltarmos para a Babilónia do quotidiano … ou então aquele amontoado de montes e chaparros, que separam Lisboa de Madrid e da Europa … porque nos havemos de preocupar ? Sai mais barato, deixar aquilo morrer e na época de férias, contratar uns figurantes, para irem até lá para servirem os turistas … E no Verão quando estiver tudo a arder, mandamos para lá uns aviões e uns bombeiros, que até servem de atracção para encher uns telejornais …
Aos que ficaram, aos últimos resistentes resta apenas uma esperança : que a Espanha lance uma OPA rural, sobre todo o interior de Portugal e tome conta daquilo que o país politicamente correcto desprezou . Matávamos dois coelhos de uma cajadada, por um lado salvávamos o maldito do Défice e ainda ficávamos com muitos milhões para esbanjar e por outro lado dávamos aos povos do interior a possibilidade de ficarem com alguém, que cuidasse deles e os tratasse com respeito e dedicação, possibilitando-lhes os cuidados básicos e as infra-estruturas necessárias à sua sobrevivência.
4 Comments:
Mais uma machadada no interior tantas vezes esquecido e ostracizado ... Assim se faz Portugal. Sem comentários
Antónimos Anonymous
1600 escolas????
Realmente é uma tristeza!!!
Aonde chegámos, no tempo da minha mãe e do meu pai eles tinham que andar 7 e 8 Kms para irem para a escola e acabavam por fazer só a 4ª classe. Portugal, neste momento, é o País da Europa com a taxa mais alta de analfabetismo! Pelos vistos querem aumentar ainda mais o valor desta estatistica. Será que vamos voltar ao antigamente, onde as pessoas mal sabiam ler, as que sabiam? Ainda querem maior exôdo rural do que temos tido?
Na sequência de que foi dito neste artigo, apareceu hoje uma notícia a dar conta do encerramento da maternidade do Hospital de Elvas, passando as crianças da terra a nascerem no Hospital de Badajoz !!!
Será que assim ganharão também o direito a serem espanhóis ?
Fizeste-me rir com a desgraça! Agora vamos ficar com portugueses nascidos na Espanha... os espanhois é que se devem rir da situação, não ficaram com Portugal a mal mas aos poucos parece que vão ficando a bem...
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