domingo, julho 30, 2006

Últimos paraísos




Algures na Serra de Monchique

terça-feira, julho 25, 2006

Médio Oriente

Primeiro que tudo quero deixar bem claro a minha condenação e horror pela desproporcionada e brutal agressão de Israel ao Líbano .
Os Israelitas são exagerados e a sua reacção é brutal e está destruindo um país de inocentes.
A sua reacção é condenável e deve parar !
Digo isto com toda a convicção e sem qualquer tipo de hesitações. Sempre fui a favor da paz e do respeito entre os povos.
Recuso-me no entanto a ver o mundo a preto e branco ! De um lado os maus, muito maus e do outro os bons, muito bons …. Nada mais falso !
Uma vez que pelos vistos os maus são os israelitas … então quem são os bons ? …. Serão aqueles barbudos fanáticos do Hezzbolah ? … aqueles “gajos porreiros” que andam com cinturões com bombas, à volta da cintura e pregam a violência e a destruição ?
E depois é fácil condenar os judeus … nós não temos avós que contam histórias de campos de concentração, onde as pessoas eram gaseadas até à morte … nós não temos vizinhos que afirmam só descansarem, quando estivermos todos mortos …
Esta guerra foi comandada à distância, pelo novo Hitler de Teerão, aquele porquinho asqueroso, sedento de poder e sangue , que não hesitou em encomendar a morte e o sofrimento de milhares de inocentes … para alcançar os seus objectivos demoníacos.
E no centro de tudo isto, está mais uma vez a merda do petróleo .. o líquido fatal, do qual o mundo está “tóxico-dependente” e que torna importantes estes aitolahas da treta, estes ditadorzecos da idade média, que não hesitam em chacinar milhares dos seus concidadãos e tentam tornar o mundo refém dos seus caprichos e das suas paranóias morais ou religiosas.
Enquanto não existirem alternativas energéticas viáveis, que tornem o petróleo obsoleto e dispensável, não acabarão os conflitos no Médio Oriente ! Nem os palestinianos terão direito real ao seu país, onde possam viver livres e independentes … nem os judeus terão direito a uma pátria, a uma terra onde possam viver sem serem massacrados e aterrorizados … nem o resto do mundo poderá combater finalmente o terrível efeito estufa, que ameaça o planeta e a vida na terra .
Quanto aos Aiatolas, os terroristas e outros militaristas, podiam finalmente deixar o mundo em paz e dedicarem-se de alma e coração a uns combates de Wrestling, ou a uns joguinhos de computador, para poderem despejar todo o seu ódio e agressividade.

segunda-feira, julho 24, 2006

domingo, julho 23, 2006

Nova galeria de fotos

Terminada que foi a minha participação no site 1000 imagens, venho informar que abri uma nova Galeria de fotografias em : www.olhares.com/jacunha

sábado, julho 22, 2006

Crónicas de viagem 5

Hoje fomos até outra praia, a Calheta, para os lados de Gaibu, a sul do Recife.
O P arranjou um mapa detalhado de Recife e com a escolha de um novo itinerário, conseguimos facilitar imenso o acesso às praias, evitando o centro de Recife e aquela confusão de trânsito e semáforos.
Antes de chegarmos à Calheta, passámos por uma mata bem cerrada e parámos um pouco para comprar passas de caju e ver as esculturas em madeira, de um artista local . A M encontrou uma alma gémea, que logo lhe ofereceu vários pedaços de várias madeiras em bruto.
Depois fomos até à praia.
É bem diferente de Maracaípe, é uma baía mesmo pequenina com rochas em ambos os extremos e um mangal, que vai quase até à beira de água.
Por entre a vegetação algumas casas, restaurantes e palhotas.
Almoçámos num restaurante um pouco acima da praia, um camarão com molho de coco, que estava uma delícia.
Mais abaixo, noutras mesas, outras pessoas gozavam o seu fim de semana em mesas, com os pés mergulhados nas águas do mar, comendo caranguejo, camarão ou lagosta e bebendo umas cervejinhas bem geladas.
Ficámos por ali descansando, gozando a beleza da paisagem e relaxando, sem fazer mais nada.
Depois um pouco mais tarde, mergulhei nas águas mornas daquele mar, nadei um bocado e apanhei um pouco de sol, já mais suave do fim da tarde.
Vários artesões locais foram-se aproximando, com as suas colecções de brincos, pulseiras e camisolas pintadas.
Um em especial me chamou a atenção. Chama-se Roberto e é um negão de sorriso rasgado e olhos bem vivos. Chegou-se a nós e perguntou se lhe podíamos dispensar dois minutinhos do nosso tempo.
Claro que sim, tempo temos nós com fartura.
Aí explicou que pintava azulejos, tirou uma caixa com tintas e usando os dedos, começou a espalhá-las pelo azulejo branco, com uma rapidez e uma facilidade estonteante.
Foi sensacional, um verdadeiro artista, que usava os dedos e um palito que retirou da sua carapinha.
Pouco a pouco uma linda paisagem brasileira foi surgindo, com a foz de um rio, canoa e coqueiros.
Ficámos maravilhados e todos quiseram logo um, que o Roberto fez com rapidez e precisão, a 10 reais cada.
E assim fomos ficando, enquanto o sol ia descendo no horizonte. Custava sair dali e apetecia desligar o tempo, para aquele fim de tarde não termina mais …
Mas por fim a noite chegou e foi preciso partir.

Picos

terça-feira, julho 18, 2006


quinta-feira, julho 13, 2006


sábado, julho 08, 2006

A vida continua !

Acabou o Mundial !!! Uf ....
A Vida continua !
Afinal era apenas um jogo ! ...
Amanhã vai estar sol, outra vez ... como é Domingo e Verão, podemos até ir à praia , ou fazer um piquenique ... ou dormir uma bela soneca.
Não somos os melhores do mundo !... mas também não somos os piores !...
Há vezes em que nos desenrascamos bem, parecendo até maiores do aquilo que somos ... outras, não enganamos ninguém, mostramos que afinal também temos careca ... e recebemos um banho de humildade, para pôr na ordem o nosso ego exacerbado !!!! ....
Temos muitas qualidades e também muitos defeitos ... é natural !
Por vezes explodimos de ilusões e soberba .... outras caímos na fossa e parecemos até mesquinhos e insignificantes ....
Por vezes beijamos a bandeira e gritamos de felicidadem abraçados a ela .... outras espezinhamo-la e cuspimos-lhe em cima com desprezo.
Uma coisa que nos caracteriza é saltarmos abrutamente entre um e outro extremo ... com uma inconstância latina, quase absurda .
Sabemos que deviamos aprender a controlar um pouco mais estas nossas emoções ... mas o que é que querem ? nascemos assim e assim haveremos de morrer.
Somos Portugueses e carregamos 900 anos de História ... compreenda quem quiser , ou puder !
Amanhã a vida continua .
Boa noite !

Crónicas de viagem 4

Á noite o telefone tocou . Pintou uns convites para o show do Zeca Baleiro no Teatro Universitário.
Que legal ! E lá fomos nós, atravessámos Recife de uma ponta á outra e lá conseguimos dar com o sítio, onde debaixo de um candeeiro, um lugar de estacionamento esperava pelo nosso carro. Perfeito!
Entrámos e deixámo-nos envolver por aquela música gostosa, quente, vibrante pra chuchu …
Foi bom, uma delícia ! O som era cristalino, o público mexia como uma onda, de alegria e boa vibração, dançando, batendo palmas … não havia “careta” parado em canto nenhum !
O clima era contagiante e mais uma vez a música marcava o ritmo deste país trepidante.
No fim, as fãs em delírio invadiram o palco e submergiram o Zeca, salvo a custo, por uns seguranças musculados.
Com tudo isto a energia pairava no ar e os músicos voltaram a tocar mais e mais, em sucessivos encores, que excitavam cada vez mais a galera frenética.
Quando tudo terminou, procurámos os bastidores, para entregarmos uma mensagem para o Sérgio, o baixista da banda, que nos arranjara os convites. Missão impossível, as fãs tinham tomado de assalto os bastidores e camarins, clamando pelo Zeca, cantando e gritando para o conseguir.
Por fim o Sérgio lá conseguiu chegar até nós, falámos um pouco e demos assim por terminado esta noite de música e boa disposição … por Terras de Vera Cruz !

sexta-feira, julho 07, 2006

Tanque do povo

sábado, julho 01, 2006

Crónicas de viagem 3

Joãozinho é pobre, muito pobre e flavelado.
Há anos que todos os dias faz os mesmos circuitos, pelas casas das famílias generosas, que o conhecem e que se rendem à sua enorme simpatia, dando-lhe parte das suas sobras de comida, que carrega em embalagens de plástico, lá para a sua casita, na favela.
Joãozinho é pobre, muito pobre, mas honrado, grande comunicador e sempre pronto a bater um papo, com aqueles que encontra.
Tem um sorriso grande e bonito e não se lamenta, nem choraminga por comida ou ajuda. Fala de queixo bem levantado, que a pobreza não é vergonha, nem doença contagiosa.
Tem sempre uma agradecimento sincero na boca, quer receba alguma ajuda ou não, porque sabe lá no seu fundo iletrado, que o maior agradecimento de todos é estar vivo … e ir tendo saúde para continuar a sua luta diária, pela sobrevivência.
Gostei muito de falar com ele, é bem mais interessante do que tentar comunicar com outros intelectuais arrogantes e cheios de notas a caírem-lhes dos bolsos.
--- Oiça lá Joãozinho, então e o Lula, como tem sido, perguntou-lhe a L .
--- Está um pouco melhor, aqui há uns meses fui cadastrar-me lá na perfeitura, para poder ter direito à pensão de sobrevivência. Ainda não chegou, mas dizem por aí que está para breve.
Sempre é uma ajudinha para o pobre ! Tudo o que vier é bom, nem que seja 50 reais (20 euros) por mês . Agora se ele perder e vier outro, nem isso vamos ganhar. “
--- Força Joãozinho, passe sempre. Dona E sempre terá alguma coisa para lhe dar.
--- E muita saúde também, que doença é luxo caro, impossível para um pobre como o senhor.
E ele lá se foi, com um grande muito obrigado e um sorriso de esperança, tão grande como a sua pobreza, tão nobre como a sua honra ….