quarta-feira, novembro 30, 2005

Abstracto

Timor

Foram hoje desclassificados nos Estados Unidos, documentos secretos que comprovam a colaboração dos americanos no Genocídio de Timor – leia-se invasão indonésia da ilha. Aparentemente nada que não soubéssemos já, ou seja, a sacanagem americana sempre negada pela candura dos pulhas Nixon e Kissinger, co-responsáveis afinal por mais de 200 000 mortes e muito, muito sofrimento.
O que é incrível e insuportável é a comprovação de que os governantes portugueses da altura sabiam antecipadamente do que ia acontecer e nada, mesmo nada fizeram para o evitar.
Timor é uma das maiores vergonhas portuguesas de sempre. Abandonada e escassamente desenvolvida durante o salazarismo, após a revolução viu chegar uma meia dúzia de revolucionários de pacotilha, que doutrinaram algumas dúzias de jovens à pressa, para constituírem a nova elite intelectual, de um país que vivia em plena idade média, longe de tudo e de todos. Quisemos dar-lhes a independência, quando eles nem sequer sabiam o que essa palavra queria dizer !
Por outras palavras, convidámos os indonésios à invasão, assustados com o caos que surgiria após a nossa fuga cobarde, pela porta das traseiras.
Timor já era um fardo no tempo de Salazar e continuou a ser um fardo, após a Revolução de Abril.
Por isso o exército Português fugiu com o rabo entre as pernas, logo aos primeiros tiros, numa das maiores derrotas da nossa história. A derrota da cobardia e da mediocridade !
Onde estão os responsáveis por tantas mortes e tanto sofrimento ?
Uns foram promovidos a generais, receberam medalhas pelos serviços prestados à pátria e gozam hoje de reformas chorudas. Outros fizeram fortuna, ganharam imenso prestígio, foram deputados e conquistaram votos e admiração dos portugueses.
Senhor Doutor Mário Soares, onde estava vossa excelência no dia da invasão de Timor pela Indonésia ?

segunda-feira, novembro 28, 2005


Hope

Bonito

Nem tudo é mau, nem tudo é cinzento e triste.
No passado fim de semana o Banco Alimentar contra a fome, recolheu uma quantidade record de alimentos, cerca de 1470 toneladas.
Apesar da crise económica, do desânimo e da tristeza, os portugueses lembraram-se daqueles (muitos) que estão ainda pior e contribuiram.
Sim senhor !
Uma palavra também de grande apreço às centenas de voluntários, que prescindiram de parte do seu fim de semana, para ajudar o próximo. É com esta gente que vamos dar a volta a isto!!!

domingo, novembro 27, 2005


Crucificado

sexta-feira, novembro 25, 2005

A mãe de todas as drogas

Quando eu era pequeno havia um anúncio de um cowboy americano, que de cima do seu cavalo, de cigarro na boca, parecia dominar o mundo. Todos nós olhávamos para ele, com admiração, imitávamos os seus gestos e pensávamos que quando fossemos grandes iríamos ser assim !
Era um anúncio de cigarros. Malboro ou Camel, pouco interessa a marca.
Esta propaganda CRIMINOSA viciou milhões de pessoas, pelo mundo inteiro, para além de encher brutalmente as carteiras e os cofres das empresas, que os criaram.
As pessoas que o criaram foram os maiores “serial killers” da História, ao pé dos quais Hitler ou Estaline, não passaram de meros aprendizes ….
O tabaco é responsável por centenas de milhões de mortes, um indescritível sofrimento e uma acentuada perca de qualidade de vida de muitos outros milhões de seres.
Tudo isto feito debaixo da asa protectora dos governos e dos estados, que aproveitaram imediatamente para daí retirarem lucros fabulosos, na forma de impostos sobre o tabaco.
Fumar mata, mandaram escrever em todos os maços de tabaco, como que lavando daí as suas mãos ….
Então se mata, porque é permitido ?
Se um assassino matar uma pessoa, é imediatamente perseguido pela polícia, preso e julgado.
Se outro assassino matar milhões de pessoas, então não se faz nada …. Ou pior ainda tenta-se lucrar com essas mortes, de uma forma hipócrita e ignóbil !
Porque é que a cocaína e a heróina são ilegais e os seus consumidores perseguidos, enquanto o tabaco é legal, tolerado e até considerado como uma das soluções milagrosas, para ajudar a resolver a nossa crise económica ?
Não pensem que elas são piores do que o tabaco. Pura ilusão! É verdade que são mais potentes e podem matar mais depressa. É verdade que chamamos aos seus consumidores toxicodependentes, os olhamos de lado com desprezo e os fechamos em guetos, tipo Casal Ventoso, ou Cova da Moura, para que aí possam morrer sossegados, sem nos chatearem a cabeça.
Mas também é verdade, que o tabaco mata por ano, em todo o mundo, 1000 vezes mais pessoas, do que as drogas atrás mencionadas.
Sabia que se em vez de fumarmos, injectarmos a nicotina contida num cigarro, teremos morte imediata …
Sabia que as bias de cigarros molhadas, são um dos mais potentes insecticidas conhecidos, a ponto de nenhum micróbio, ou outro bichinho, se atrever sequer a atacar a planta, onde colocámos este veneno …
Sabia que o fumo de um cigarro contém para além da nicotina, alcatrão e amoníaco, cerca de 400 outros químicos perigosos …
Então se sabe tudo isto, porque é que encolhe os ombros e puxa de mais um cigarrinho ?
O tabaco é a mãe de todas as drogas !!! …. Não tenhamos ilusões !!!

( dedicado á Manuela e á sua luta para vencer o monstro )

Comporta

quinta-feira, novembro 24, 2005

Vergonha

Já não bastava o enorme campo de concentração de Guantanomo, onde os americanos dispõem a seu belo prazer, dos presos taliban e afins. Hitler aplaude contente, das profundezas do inferno.
Já não bastava que tal vergonha se situe em Cuba, país que os americanos acusam de desrespeito pelos direitos humanos e que submetem há anos a um bloqueio económico infame, condenado por todo o mundo. Para além do mais são brutalmente estúpidos, ao não perceberem que tal política tem perpetuado Fidel Castro no poder.
Agora surgem informações, que agentes da CIA levam presos para países europeus e outros, para aí poderem aplicar as torturas bárbaras, proibidas na América.
Tenha vergonha na cara, Senhor Bush ! Já sei que de inteligente tem muito pouco, ou nada, mas faça um esforcinho para perceber que não se combate o terrorismo recorrendo aos mesmos métodos dos terroristas! Está mal !!!
Por cada terrorista torturado, mil outros se levantam !
É isto que Bin Laden quer ! (se é que ainda está vivo).
Agora também se percebe porque é que os Estados Unidos quiseram ficar fora do Tribunal Internacional de Haia. Pudera, assim os seus agentes criminosos, podem actuar impunes em todo o mundo !
E é esta América que quer dar lições de moral ao mundo ! Deviam ter vergonha !

PS- Por cá, os pacóvios que nos governam, mostram a sua cobardia, assobiando para o ar e olhando para o lado, enquanto os aviões da tortura aterram em aeroportos portugueses.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Vale a pena ler

Sobre os problemas do Ensino e a vida dos professores:
O Primeiro de Janeiro

Serra da Estrela

A Cura (3ª parte)

Quando desceu do comboio na estação de Gondomar, a chuva parara de cair e o sol brilhava por entre as nuvens.
Portugal olhou para todos os lados, como que à procura de uma indicação, ou de alguém que o pudesse ajudar, mas tudo o que viu foi seres apressados, que rapidamente fugiam de vista. Até que por fim, avistou alguém parado junto a um carro, no parque de estacionamento da estação. Tratava-se de um arrumador e apesar do seu aspecto não ser lá muito convidativo, era sem dúvida o único ser disponível, pelo que não hesitou e dirigiu-se ao homem.
--- Boa tarde, é capaz de me dizer onde é que eu posso encontrar o major ?
O homem olhou para ele de alto a baixo e sorriu dizendo:
--- O major, o major, eu realmente sei quem é, mas agora não me estou a conseguir lembrar, exclamou o homem coçando a cabeça. Talvez se me der algumas moedinhas, para eu poder alimentar a minha memória.
Portugal jogou a mão ao bolso, tirou duas moedas de 20 cêntimos e entregou-as ao homem.
Este voltou a coçar a cabeça e disse:
--- Estava mesmo quase a lembrar-me, mas olhe voltei a esquecer-me. Talvez com mais moedas, respondeu, esticando novamente a mão.
Portugal voltou a remexer nos bolsos e respondeu-lhe:
--- Já não tenho mais moedas, só se for uma nota, exclamou, acenando-lhe com uma nota de 5 €.
O homem pegou na nota, visivelmente satisfeito e afirmou:
--- O major é o Presidente da Câmara, vá por esta rua até ao fim, que a Câmara Municipal fica do lado esquerdo.
Seguiu as instruções do homem e quando chegou ao imponente edifício, dirigiu-se à funcionária da portaria:
--- Boa tarde, eu queria falar com o Sr. Major, por favor.
--- Tem entrevista marcada, perguntou a funcionária.
--- Não, mas precisava de vê-lo com urgência, chamo-me Portugal, afirmou em tom de súplica.
--- Vou ver o que posso fazer, um momento.
A funcionária levantou-se e saiu por uma porta ao fundo da sala. Passado algum tempo voltou com ar sorridente e disse:
--- Está com muita sorte, o major vai recebê-lo já de seguida. Pode subir aquelas escadas e no fim do corrredor, encontra o gabinete do presidente.
Assim fez e passados alguns minutos estava sentado frente a um homem de cabelo e barba grisalhos e que o olhava com ar intrigado.
--- Com que então o senhor é que é Portugal, afirmou o homem, andava já há muito tempo para o conhecer. Então o que é que deseja?
Rápidamente explicou ao major tudo o que sucedera, no escritório do Professor Bambu e terminou afirmando: --- Venho pois aqui falar consigo, para ver se me pode dar o apito dourado.
O major acompanhou toda a sua explicação com a testa franzida, mas no fim, toda a sua cara espelhava a satisfação, que parecia sentir.
---- Até que enfim, afirmou, enquanto abria uma das gavetas da secretária, de onde retirou um apito dourado de grandes dimensões.
--- Nem queira saber o alívio que me dá, explicou o homem, visivelmente satisfeito, desde que tenho esta porcaria a minha vida tem sido um tormento. Leve-o, leve-o já ….

( continua )

domingo, novembro 20, 2005

tristinho

quarta-feira, novembro 16, 2005

Aula de Substituição

Chegou a minha hora da maldita substituição. Com passo lento e testa franzida lá me dirigi para a sala, amaldiçoando mais uma vez o dia em que me meti nesta fantochada.
Chegado à sala, esperei pela funcionária, que traria o papel, que indicava qual a turma que me saíra na rifa . Quando olhei para o papel, fiquei de boca aberta e só não caí para o lado, porque já ando nisto há muitos anos e numa escola tudo pode acontecer.
No papelinho branco estava escrito o seguinte:
--- Professor a substituir : Ministra da Educação, Sala : gabinete da Av. 5 de Outubro, Lisboa.
Nem queria acreditar, mas logo tudo se confirmou. Parece que a dita senhora tinha acordado naquele dia com dor de corno, perdão de cabeça e tinha faltado ao serviço, deixando os doutores e funcionários do ministério, completamente desorientados, sem saber o que fazer … a ponto de já terem estalado motins, nalguns gabinetes, com funcionários revoltados em cima das secretárias, a queimarem baldes do lixo e a rasgarem despachos e decretos lei, que lançavam pelas janelas.
Esfreguei as mãos de contente, gritei “YES”, “YES” e parti para Lisboa a grande velocidade.
Ao chegar ao Ministério, o ambiente era de grande confusão, com a Polícia de Intervenção a isolar todo o edifício, bombeiros a extinguir os fogos e ambulâncias a evacuar os feridos.
Anunciei ao que vinha, entrei e logo tentei sossegar várias funcionárias histéricas. Depois dirigi-me à portaria e perguntei à funcionária:
--- Bom dia, sou o professor que vem fazer a substituição, qual é a tarefa ?
--- A senhora Ministra não deixou tarefa, gaguejou a mulher assustada, o senhor professor é que sabe, invente qualquer coisa, sei lá …
--- Esteja descansada, disse sorrindo para a mulher, sou português, cá me hei de desenrascar.
Subi ao gabinete ministerial, no último andar, pensando no que ia fazer.
Quando lá cheguei, cumprimentei a secretária e pedi-lhe para chamar o técnico de som do ministério.
O homem chegou pouco depois, com ar intrigado. Entreguei-lhe um CD, que trazia na minha pasta e disse-lhe: Ponha este CD a tocar através do sistema de som do edifício, é música ambiente, vai acalmar e relaxar todos os inquietos … costumo usá-lo nas minhas aulas e se funciona com os miúdos, também há-de funcionar com os graúdos!
Olhei o técnico, que saía do gabinete com passo hesitante, enquanto pensava : Será que vai resultar ? …
Então não é que resultou mesmo. Passados uns minutos, uma música calma e suave começou a soar ao fundo e pouco a pouco os barulhos, gritos e pancadas começaram a baixar gradualmente e as sirenes apagaram-se.
Só aí consegui sossegar um pouco enquanto pensava na minha próxima medida.
Sentei-me á secretária e puxei de um papel e comecei a escrever.
Fiz um despacho a revogar o anterior que criara as aulas de substituição e já agora, de caminho, revoguei também o outro, que decretara um aumento injusto das horas da componente lectiva.
Chamei novamente a secretária e mandei-a tirar cópias, para enviar para publicação no Diário da República e também para os vários sindicatos dos professores.
Enquanto pensava na próxima medida, ouvi a campainha:
TRimmmmmmmmmm …. Era o toque de saída, tinha acabado a minha hora de substituição. Que pena não ter durado mais um bocadinho, pensei.
Peguei na minha pasta e saí do gabinete. Despedi-me da secretária e da funcionária da portaria e voltei para a Escola.
Tenho que me apressar, pensei, a seguir é o 6ºB.

domingo, novembro 13, 2005

Sonho ( para banda larga )

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sábado, novembro 12, 2005

O Direito a reclamar

Os Portugueses são muito refilões.
Mas são uns refilões inconsequentes, ou sejam refilam nas costas das pessoas visadas ou fora dos locais próprios para o fazer. Por outras palavras, "ladram muito, mas não mordem".
Há muitos e frequentes motivos para isso e nos últimos anos com a "crise económica", criou-se uma fobia por dinheiro, por parte de muitas empresas, do Estado e de muitos serviços e comércios, em que a principal vítima somos nós, o "Zé Pacóvio", pobre consumidor, contribuinte ou associado, cujo principal dever é pagar, pagar, pagar ... se possível, cada vez mais !
Devemos pois reclamar .... reclamar com força, quando nos sentimos injustiçados ... reclamar pelos nossos direitos, quando eles nos são retirados ... reclamar quando pagamos "gato, por lebre" ... reclamar sem vergonha, de forma respeitosa e decidida.
É importante também reclamar no sítio próprio, dirigido à pessoa certa e por escrito, tendo a coragem de não o fazer de forma anónima, indicando pois o nosso nome e endereço, para que possamos obter a resposta, a que temos direito.
Desta forma, não só apaziguaremos a nossa consciência e passaremos a dormir mais tranquilos, como principalmente estaremos a dar a nossa contribuição cívica, para o aperfeiçoamento da sociedade e a eliminação de muitas injustiças.

Costa Vicentina

Referendo

Em principio sou contra os referendos. Todos !
Teoricamente é uma boa ideia. Só que é uma ideia para países civilizados e onde haja uma boa dose de civismo e espírito de cidadania ( tipo Suiça, Suécia ou Finlândia ).
Nos outros, incluindo o nosso, a prática é bem diferente. Os eleitores que se dão ao “trabalho” de ir votar (geralmente uma minoria), acabam em grande parte por dar um voto de confiança ou descrédito, no governo que lançou a consulta e não estão propriamente a responder à questão que está a ser referendada.
Ainda assim, se tiver mesmo que se realizar um referendo em Portugal, proponho que se coloque também outra questão: Se os Portugueses estão de acordo com os projectos da Ota e do TGV ?
Será que estamos de acordo em nos enterrarmos económicamente ainda mais, com projectos megalómanos e de eficácia duvidosa ?
Será que não aprendemos nada com os 10 estádios do Euro ?
Será que devemos escolher de novo enterrar a cabeça na areia e passar a pesada factura para os nossos filhos e netos ?
Se este país é realmente uma democracia, então qualquer governo tem o dever de perguntar aos Portugueses se querem realmente enveredar por este caminho.
É que quando chega a altura de pagar tão elevadas facturas, os políticos tendem sempre a desculpar-se dizendo que foram outros os culpados de tais aventuras …

quarta-feira, novembro 09, 2005

Reflexões

Assisto com preocupação à situação em França.
Julgo agora compreender melhor as razões que levaram à um ano atrás, à quase ascensão de Le Pen ao poder ( não significa com isso que esteja de acordo com elas, apenas que as compreendo ).
Há anos que a França, bem como outros países da Europa, são autênticos barris de pólvora, prestes a explodir.
Chamámos os emigrantes quando precisámos de mão de obra, para construir as infra-estruturas do nosso desenvolvimento, porque a nossa baixa natalidade não permitia assegurar os braços de trabalho necessários e porque muitos dos nacionais desempregados, preferiam viver á custa do nosso sistema de segurança social, em vez de “sujarem” as mãos em trabalhos difíceis e mal pagos.
Demasiado ocupados e preocupados com a lenta degradação do Estado Social Europeu e a quebra de regalias que julgávamos vitalícias, descurámos as graves situações sociais que cresciam entre as famílias emigrantes, que vieram à procura do “El Dorado” e acabaram nos guetos que circundam as nossas maiores cidades.
E uma grande pergunta se coloca: E cá em Portugal, será que poderá acontecer o mesmo ?
A resposta é Sim ! sem qualquer dúvida. Falta apenas alguma pequena faísca, para acender o rastilho social.
Durante anos assistimos indiferentes ao abandono escolar de milhares de jovens, vindos quase sempre de bairros degradados e de famílias pobres, excluídas ou doentes. O que fazem hoje esses jovens quando deixam a escola ?
Muito poucos vão trabalhar, até porque os empregos escasseiam, principalmente para quem não adquiriu qualificações. Muitos dedicam-se a pequenos roubos, a tráficos ou outros biscates, que lhes dêem algum rendimento. Outros simplesmente vivem à custa dos pais, imigrantes ou pobres que trabalham de sol a sol e raramente estão em casa.
Vivem pois estes jovens em quase auto-gestão e nada esperam da nossa sociedade.
Ao princípio, queimar carros podia até ser uma forma de revolta … depois passou a ser simplesmente curtição, ou até nalguns casos uma macabra competição, com outros bandos rivais.
Ao criarmos a estúpida ideia que todos os nossos filhos estariam destinados a ser doutores, engenheiros ou advogados, cortámos as opções aos muitos jovens que não tem capacidades, vontade ou condições para atingirem tão ambicionadas profissões.
Porque razão não poderá um jovem de 13, 14 ou 15 anos, preparar-se já para ser mecânico, carpinteiro ou electricista ? Porque razão terá que vencer primeiro as “malditas” Matemática, História ou Inglês, antes de se poder dedicar de alma e coração à profissão que deseja alcançar ?
O resultado da nossa intransigência é o abandono escolar e a entrada antecipada na “Universidade da rua”.
Vale a pena pensar nisto !



PS - Aumenta a cada dia a probabilidade de Le Pen ser o próximo presidente de França

quarta-feira, novembro 02, 2005