segunda-feira, março 20, 2006

Iraque

Quem ainda concorda com a invasão americano do Iraque ponha o braço no ar !
Então, não estou a ver nenhum braço levantado. Afinal !
Faz hoje 3 anos, que George Bush, montado num tanque da ultima geração, invadiu o Iraque, tentando imitar o seu herói John Wayne, montado no seu fiel cavalo, com os iraquianos a fazer de índios e o Sadam, no papel do Grande Chefe Apache.
3 anos depois a invasão americana, resume-se num enorme desastre, que matou milhares de americanos e dezenas de milhares de iraquianos e deixou atrás de si um rasto de sangue, sofrimento e violência.
A América está a viver o seu 2º Vietname e a guerra civil instalou-se definitivamente no país, pondo os iraquianos a lutar uns contra os outros, por entre atrocidades tremendas, muito sangue e destruição total do que resta daquele país.
Quanto mais tempo a América permanecer no Iraque, pior ! É urgente que saiam de lá, o mais rápidamente possível e atrás de si irão deixar o caos e a guerra … Irá surgir um qualquer outro ditador, ainda pior que o Sadam, que irá governar com mão de ferro .
E o criminoso Bush e o seus capangas, nunca virão a ser julgados em qualquer tribunal militar, como foi Milosevic, porque os fortes nunca são culpados de nada !...
Os custos para o povo americano e por arrastamento, para todo o Ocidente, serão enormes e traduzir-se-ão em violência, sofrimento e sangue . Irá aumentar ainda mais o ódio religioso, de ambos os lados e os conflitos irão aparecendo, uns atrás dos outros.
E depois há ainda o perigo, de um Bush derrotado e humilhado, tentar dar a volta por cima e atacar o Irão, arrastando o mundo para um conflito nuclear, de consequências imprevisíveis.
Os únicos, que poderiam pará-lo, são as opiniões públicas americana e ocidental, mas esses estão muito distraídos, lá na sua, gozando a opulência e o bem estar, de que usufruem .
Quando finalmente acordarem, poderá já ser tarde demais …

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Amigo João
O problema é que as "opiniões públicas" só despertarão quando o sangue dos maridos, filhos, etc. as começar a afogar... E, mesmo assim, não é líquido que, nessa eventualidade, os fundamentalistas de extrema-direita da actual administração se preocupem com o divórcio entre a sua política e o seu "povo". No Vietname a contestação não serviu de nada. Só quando a derrota no terreno já não podia ser escamoteada é que as tropas retiraram. Acho que já não vale a pena ter "fé" na opinião pública, até porque o caso do Milosevic e da ex-Jugoslávia mostra, precisamente, o que valem as opiniões públicas. Ou seja: a imagem que passou foi a de que os sérvios eram uns malandros que estavam a exterminar todos os bósnios, croatas e albaneses de outras etnias, mais dezenas de milhares de mortos em valas comuns, violações e toda a espécie de atrocidades. etc. etc. Ora veio a saber-se, depois, que foi tudo um monumental embuste: as valas comuns nunca apareceram, o início da agressão não partiu dos sérvios e os interesses em jogo vieram ao de cimo: o material bélico fornecido pela Alemanha e pela Inglaterra, as minas de ouro no Kosovo, a entrada da heroína na Europa (matéria prima afegã, produção turca, distribuição albanesa), etc... Até um general canadiano acabou por reconhecer que, tendo ajudado os terroristas muçulmanos a fazer - eles sim, com a "nossa" ajuda - a limpeza étnica de grandes partes da ex-Jugoslávia, a Europa combateu do lado errado. À conta disso destruíu-se uma nação e converteram-se os criminosos em Juízes. É claro que fazia sentido julgar o Milosevic, mas juntamente com a Madeleine Allbright, o Clinton e muitos outros. Assim, não. E que conveniente foi deixá-lo morrer na prisão, após quatro anos de farsa para tentar incriminar o homem... E hoje quem se lembra deste embuste e desta vergonha em plena Europa? Quem se lembra dos 2 meses ininterruptos de "bombardeamentos humanitários" sobre a Jugoslávia?...
Com o Irão veremos, agora que eles passam a trabalhar numa bolsa de cotações expressas em petroEuros e não petroDólares...
Conflito nuclear? talvez, mas desde a Jugoslávia que eles usam o urânio empobrecido, que não faz um clarão muito grande na comunicação social. Os rios, os alimentos e os cancros que matam lentamente, na ex-Jugoslávia e no Iraque são notícia que digerimos melhor à hora do telejornal...
Um abraço
C.Marley

20/3/06 21:44  
Anonymous Anónimo said...

E para juntar mais umas achas à fogueira aqui iniciada, recordo que Durão Barroso já se sentiu habilitado a confessar que foi com base em informações erradas que decidiu avançar com tropas portuguesas para o Iraque, na companhia do criminoso de guerra G Bush. Com base nesse erro, teve o apoio de Blair para Presidente da Comissão Europeia. E agora, depois de ganhar essa "batalha", passa a ter acesso às boas graças franco-alemãs com a sua confissão. No exercício da presidência de uma tão plural instituição como a CE e numa carreira política tão ambiciosa como a deste senhor, saber errar na hora certa pode ajudar muito. Confessar o erro, visível a olho nu há já muito tempo, ainda mais virtude acrescenta. Aonde irá este homem parar? Ah valente!

21/3/06 14:40  
Blogger Unknown said...

Durão Barroso é feito da mais típica matéria prima portuguesa: cortiça.
Como tal é especialista em boiar ... sempre ao de cima, sempre na crista da onda... em 75, "nem mais um soldado para as colónias", era o que estava a dar na altura! em 93, com Bush e Blair na desastrosa cimeira dos Açores, em 94, retirada estratégica para Bruxelas (à sombra de um bom argumento, ao contrário de Guterres).
Agora em 96, tenta desesperadamente continuar a boiar, mas na Europa os mares são mais revoltos e as mentes menos burras! ...
Por falar em cortiça, será que este "vinho", não é a martelo ?

21/3/06 21:33  

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