terça-feira, março 28, 2006

Desburocratização

Quero aqui afirmar que concordo com as medidas de desburocratização, tomadas pelo governo de Sócrates (como veêm não sou sempre do contra !).
A burocracia é um dos cancros da nossa sociedade e neste campo falta ainda muito por fazer ( por exemplo sabia que uma certidão de óbito, só é válida por três meses !.... é que o morto pode rescuscitar !...). Espero que Sócrates continue nesta via .
Só é pena que não tome também medidas para terminar com o Estado chulo, que nos rouba a toda a hora !
Além disso desconfio que por cada medida simpática, imediatamente se seguirão 3 ou 4 daquelas bem antipáticas, que doem, ou que pesam e muito na carteira.
Será que eu estou enganado ?

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Hehehe não sabia dessa da certidão de óbito, e, estou a rir mas isso só vem mostrar a tristeza de país em que "vivemos", é uma vergonha! E quanto á tua pergunta acho que tens razão, ele só pode andar a preparar alguma, prepara-te! Um abraço de cambridge que está muito ventoso. As leis por cá também andam a mudar, por exemplo na Escócia baniram o fumar na via pública por completo, o que apesar de ainda ser fumadora até concordo. Se fores apanhado a fumar na rua pagas uma multa de 25 contos ou se fores apanhado a fumar num local de trabalho, mesmo que seja á porta, o teu patrão paga 60 contos. Abaixo os fumadores!!! P.S. - tenho que deixar de fumar...

28/3/06 23:32  
Anonymous Anónimo said...

Oh meu amigo João, às vezes surpreende-me a tua ingenuidade, sobrtetudo por seres mais velho do que eu e por trabalhares para o Estado também há muito mais tempo do que eu. Se há uma coisa que se aprende na observação da sucessão imparável de ocupantes dos mais altos cargos políticos da nação é que, primeiro, um político é um mentiroso, segundo só será um mentiroso eleito se conseguir convencer os seus eleitores da bondade das suas intenções. Não basta ficarmos todos contentes porque o Sócrates anunciar, em conferência de imprensa o chamado “plano simplex”, ou na linguagem do governo de “desburocratização do Estado” em 330 medidas. Já leste as medidas com cuidado? É que eu já...
Por exemplo, mais de 7 dezenas destas medidas se resumem a “disponibilizar na Internet formulário electrónico” e, pelo menos outras tantas, se resumem a “desmaterializar e simplificar os processos de…” que como se vê são apenas meras intenções (para já não falar das que docorrem da obrigatoriedade não cumprida de transpor directivas comunitárias para o Direito Nacional). Tendo por princípio que qualquer acto de desburocratização é sempre bem vindo, o aparato com que estas medidas foram anunciadas faz adivinhar que há mais coisas em jogo do que a desburocratização do Estado.
Infelizmente, O embrulho é muito mais luxuoso que seu conteúdo, ficando este pacote de medidas muito aquém das necessidades do País, mesmo que tenham sido anunciadas ao mais puro e tradicional comportamento festivaleiro do PS, num espaço teatral de excelência, com cartazes, flores e demais enfeites. Os custos de tão luxuosa apresentação, claro está, seremos nós, os contribuintes a suportar com nossos impostos. Mas isso é coisa de somenos para os nossos governantes. O mais importante para estes senhores parece consistir no espectáculo em si mesmo e não na execução do que se propõe.
Será que estes cérebros que conceberam o "Simplex" conhecem o País em que vivem? Um destes dias (salvo erro ontem) o suplemento de "economia" do Diário de Notícias dava resposta a esta minha interrogação. A iliteracia funcional, o envelhecimento e o baixo poder de compra são as principais ameaças ao sucesso do programa. Perto de 900 mil portugueses continuam analfabetos simples e a taxa de analfabetismo funcional atinge cerca 44% da população, o que dá a ideia do à vontade com que estas pessoas lêem e preenchem formulários em papel, quanto mais em versão electrónica. Depois, cerca de 16% da população residente tem mais de 65 anos de idade, poder de compra diminuto e, logicamente, uma indiferença quase bestial à internet e aos computadores, cuja "linguagem" lhe é absolutamente desconhecida. Finalmente, até a percentagem de utilizadores pessoais de computadores com ligação à "net" a partir de casa é apenas da ordem dos 16% - basta atentar nos preços praticados para o acesso à famosa "banda larga" - apesar de 34% possuírem computador, segundo dados do Eurostat para 2004. Vale a pena dizer mais alguma coisa? Desculpa que te diga, não quero fazer deste espaço para os comentários um lugar para discussões desnecessárias, mas não deixes que te mandem areia para os olhos, João...

30/3/06 16:21  
Blogger Unknown said...

Amigo Rodrigo
O facto das 330 medidas se resumirem em meia dúzia, não invalida que alguma coisa foi feita para desburocratizar.
Se é pouco ? Claro. è verdade que é preciso fazer mais e melhor, mas isso já eu dizia no meu artigo.
Quanto a ser ingénuo, claro que o sou e por vezes tenho até pena de não ser mais. É que quanto mais destapo a merda, mais mal cheira !!
E os gajos totalmente bem informados ( e totalmente desconfiados) já se suicidaram todos (só resta o Vasco Pulido Valente).
Um abraço.

30/3/06 19:57  
Anonymous Anónimo said...

he he! Está certo! Um abraço também para ti

31/3/06 10:00  

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