terça-feira, setembro 27, 2005

Português no estrangeiro

Um português no estrangeiro está por sua conta e risco.
Não pode esperar qualquer ajuda por parte das autoridades do seu país distante. Na embaixada (se houver) não só nem sabem que ele existe, como na verdade nem querem saber ( é uma preocupação a menos ). Está pois verdadeiramente sózinho.
Que diferença enorme em relação aos outros países europeus. Eu sei do que estou a falar, pois estive quase dois anos em Moçambique, num país em guerra e a embaixada nem sabia da minha existência, apesar de me ter inscrito, logo que cheguei.
As nossas embaixadas servem quase exclusivamente para organizar coctails e passar papeladas a preço de ouro.
Veja-se recentemente como exemplo, a total ausência de apoio, aos nacionais vitímas do Tsunami na Tailândia, enquanto o embaixador gozava férias em Portugal ... e o abandono a que foi votado o piloto português envolvido num embróglio na Venuzuela e condenado a "apodrecer" suavemente à espera de um julgamento, que nunca mais tem lugar.
Por isso e como estamos em crise económica e é preciso poupar, proponho que se fechem todas as embaixadas e consulados no estrangeiro e se deleguem competências às representações diplomáticas dos nossos "colegas" europeus.
Desta forma poupávamos muito dinheiro e os portugueses lá fora seriam certamente muito melhor apoiados.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Concordo plenamente!
O caso do piloto preso é o cúmulo da vergonha e do desprezo que os nossos governantes têm por aqueles que mantêm os seus tachos e que os alimentam.
Só para termos a verdadeira noção do compadrio que grassa no meio destas figuras de estado, veja-se a diferença de tratamento que teve o "fotógrafo" que foi fumar charros para o Dubai (se não estou em erro), que confessou que realmente tinha cometido o que eles lá consideram um grave crime sujeito a pena de prisão e que por artes mágicas teve os altos responsáveis da nação a interceder junto dos governantes do outro país que conseguiram em poucos dias tirá-lo da prisão e trazê-lo para Portugal.
Qual foi a jogada ou os altos interesses que conseguiram acelerar um dos casos e que não conseguem mexer o outro?
O que é que o piloto teria que fazer para se livrar da ignomínia de andar de audiência em audiência (já lá vão 19) sem que no seu país, os governantes façam o mínimo gesto para defender um seu concidadão.

Shana

1/10/05 21:28  

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