Solidariedade
Solidariedade é uma palavra gasta. Não há político que se preze, que não a use e abuse. Está presente em todas as mensagens de Natal de Presidentes, Primeiro Ministros e Arcebispos vários. Desperta em nós sentimentos de compaixão, altruísmo e culpa. Mas na realidade o que se faz em seu nome é muito pouco e claramente insuficiente.
Todos os anos por esta época, os nossos sentimentos de culpa, levam a que se fale muito dos pobrezinhos, dos necessitados e dos deficientes …. Depois o Natal passa e o tema passa para terceiro plano, pelo menos até ao próximo Natal, ou até que mais algumas crianças morram intoxicadas pela miséria, ou violentadas pelos pais.
A verdade é que se nota um enorme aumento do número de pedintes nas ruas e um acréscimo brutal do número de sem abrigo e abandonados pela sociedade.
O governo encolhe os ombros e diz que não há dinheiro e nós que enchemos a casa de prendas de Natal inúteis e disparatadas, olhamos para o lado e aceleramos o passo, quando o mendigo nos estica a mão, suplicante.
Proponho uma solução: A criação de um Fundo de Solidariedade, independente da gestão do Estado (não é de confiança), a distribuir por todas as organizações de solidariedade social, pelas ONG, que actuam em Portugal e também no estrangeiro, por organizações de deficientes, por organizações de apoio a doenças crónicas e por organizações que cuidem de crianças em risco.
E agora a grande questão: de onde vêm o dinheiro, para financiar tudo isto ?
Há uma coisa em Portugal que é escandalosamente barato: o tabaco ! Se não acha, veja quanto paga por um maço, em França ou em Inglaterra, ou até nos países nórdicos ( que nos servem tantas vezes de comparação, pela positiva). O tabaco é uma droga terrível, que mata, mais que qualquer outra coisa, no mundo de hoje (mais que as guerras e as catástrofes naturais !).
Defendo que todas as pessoas tem o direito de se envenenarem! Mas este direito tem o seu preço. Um preço muito alto em Saúde (deles e dos outros, os fumadores passivos).
Para 2006, o tabaco vai aumentar 35 cêntimos, por maço. É pouco, é muito pouco !
Proponho que aumente 1,5 €, em 2006 e mais 1€ em 2007, na condição de toda a verba deste aumento, ser destinada ao tal Fundo de Solidariedade.
Sei que os fumadores me vão cair em cima e chamar muitos nomes feios. Quero lá saber! Apenas digo o que acho justo e toda a gente tem liberdade de discordar.
Então o que acha ? Vá lá, onde está o seu espírito de solidariedade ?
Todos os anos por esta época, os nossos sentimentos de culpa, levam a que se fale muito dos pobrezinhos, dos necessitados e dos deficientes …. Depois o Natal passa e o tema passa para terceiro plano, pelo menos até ao próximo Natal, ou até que mais algumas crianças morram intoxicadas pela miséria, ou violentadas pelos pais.
A verdade é que se nota um enorme aumento do número de pedintes nas ruas e um acréscimo brutal do número de sem abrigo e abandonados pela sociedade.
O governo encolhe os ombros e diz que não há dinheiro e nós que enchemos a casa de prendas de Natal inúteis e disparatadas, olhamos para o lado e aceleramos o passo, quando o mendigo nos estica a mão, suplicante.
Proponho uma solução: A criação de um Fundo de Solidariedade, independente da gestão do Estado (não é de confiança), a distribuir por todas as organizações de solidariedade social, pelas ONG, que actuam em Portugal e também no estrangeiro, por organizações de deficientes, por organizações de apoio a doenças crónicas e por organizações que cuidem de crianças em risco.
E agora a grande questão: de onde vêm o dinheiro, para financiar tudo isto ?
Há uma coisa em Portugal que é escandalosamente barato: o tabaco ! Se não acha, veja quanto paga por um maço, em França ou em Inglaterra, ou até nos países nórdicos ( que nos servem tantas vezes de comparação, pela positiva). O tabaco é uma droga terrível, que mata, mais que qualquer outra coisa, no mundo de hoje (mais que as guerras e as catástrofes naturais !).
Defendo que todas as pessoas tem o direito de se envenenarem! Mas este direito tem o seu preço. Um preço muito alto em Saúde (deles e dos outros, os fumadores passivos).
Para 2006, o tabaco vai aumentar 35 cêntimos, por maço. É pouco, é muito pouco !
Proponho que aumente 1,5 €, em 2006 e mais 1€ em 2007, na condição de toda a verba deste aumento, ser destinada ao tal Fundo de Solidariedade.
Sei que os fumadores me vão cair em cima e chamar muitos nomes feios. Quero lá saber! Apenas digo o que acho justo e toda a gente tem liberdade de discordar.
Então o que acha ? Vá lá, onde está o seu espírito de solidariedade ?
4 Comments:
Pois é, ou talvez não, João! Por mim, até podia aumentar mais ainda! Talvez fosse o "choque motivacional" que finalmente funcionasse! O problema é que nada é tão simples!Arriscarte-te-ías a penalizar os mesmos de sempre. Imagina um reformado (mal reformado), em "fim de carreira", a pagar o tabaco como tu querias? Serviria o fundo de solidariedade para lhe proporcionar o tabaco que tanta falta lhe faz como a comida!? Com certeza que não! Então, será que deveria apresentar a declaração de rendimentos para usufruir de desconto na sua droga, o tabaco? Ou iria a uma dessas já defendidas "salas de chuto" e, em lugar de levar uma injecção, forneciam-lhe gratuitamente um cigarrinho e uma consulta psicológica, hein? Nada é tão simples, e o que propões, talvez fosse só mais um imposto, como acontece com muitos já existentes: injusto, para alguns!
concordo em absoluto com o que diz o manuel castelo ramos. não sou fumadora, mas acho que era tremendamente injusto para os que fumam! e qual a garantia de que iria ser bem distribuido?
paula
Olá Manuel
Não concordo contigo quando dizes que o tabaco faria tanta falta a um reformado pobre como a comida. Acho que o tabaco apenas contribui para o matar mais cedo.
Imagina se esse reformado fosse viver para Inglaterra, por exemplo, com o maço a 8 €. Será que iria pedir um desconto alegando que era Português ?
Posso compreender as tuas dúvidas sobre a gestão de um tal fundo, especialmente num país corrupto como é Portugal, mas quando olhamos para os milhares de pobres, deficientes e abandonados deste país e as vítimas de catástrofes por esse mundo fora, que poderemos fazer por eles ? Encolhermos os ombros e chamarmo-lhes coitadinhos, enquanto puxamos de mais um cigarro ?
Esta foi apenas uma proposta, certamente utópica e algo radical, mas penso que tem algum fundamento.
Vai dizendo coisas, Manuel, é fixe blogar contigo. Um abraço
Para deitar mais uma acha para a fogueira (que no entanto arde em lume mais brando do que eu supunha) acho que a tal taxa de solidariedade devia também incidir sobre o álcool. Doa a quem doer !
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